Taxa Selic atual: nova redução de 0,50% em março de 2024

Para o Copom, no cenário interno, os indicadores de atividade econômica mostram desaceleração, como antecipado pelo Copom. A inflação ao consumidor continua em desinflação, mas as medidas de inflação subjacente estão acima da meta em divulgações recentes.

As expectativas de inflação para 2024 e 2025, de acordo com a pesquisa Focus, estão em torno de 3,8% e 3,5%, respectivamente. As projeções do Copom são de 3,5% em 2024 e 3,2% em 2025, enquanto para preços administrados são de 4,4% em 2024 e 3,9% em 2025.

Há fatores de risco em ambas as direções para o cenário inflacionário, como a persistência das pressões inflacionárias globais e a resiliência na inflação de serviços, além da possibilidade de uma desaceleração econômica global mais acentuada e dos impactos do aperto monetário sincronizado sobre a desinflação global.

Diante desse cenário, o Copom decidiu reduzir a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 10,75% ao ano. Essa decisão é vista como compatível com a estratégia de convergência da inflação para a meta ao longo do horizonte relevante, incluindo os anos de 2024 e 2025. A decisão também busca suavizar as flutuações da atividade econômica e promover o pleno emprego.

O Copom sinaliza uma possível redução de mesma magnitude na próxima reunião, dependendo do cenário esperado. A magnitude total do ciclo de flexibilização dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.

A decisão foi unânime entre os membros do Copom, que enfatizaram a importância da execução das metas fiscais para a ancoragem das expectativas de inflação e a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide o processo de desinflação e a ancoragem das expectativas.

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